sexta-feira, 8 de maio de 2009

.rítimo

Num sábado desses eu, meu irmão e minha cunhada, estávamos sentados na minha cama depois que resolvemos algumas coisas e não tínhamos nada pra fazer, começamos a cantar. Como assim? é Cantar, a gente abria a letra das músicas no pc e tinha que cantar, pra se divertir mesmo, sem nota, sem rítimo, cantar apenas por cantar. (Se é que existe música sem nota e sem rítimo). Cantamos muito, desde as bregas até Roberto Carlos, talvez bregas e Roberto Carlos sejam a mesma coisa, mas enfim...
Quando eram quase duas horas da madrugada, e além da falta do rítimo começamos a notar uma ausência de voz, paramos e eles foram embora; Sobrou silêncio, silêncio, uma satisfação boa de se satisfazer com um programa tão bobo e em seguida nostalgia.
A uns 7 ou 10 anos atrás, não me lembro direito, (aliás acho que nem tenho memória pra me lembrar de tanto tempo), quando a família não tinha se subdividido em graus de parentesco, e os cunhados(a) não tinham levado meus irmãos me deixando como filha única, éramos 6 (seis), Pai (PAI), mãe, três meninas e menino.
Quando chegávamos da igreja, e a televisão não nos convencia em ficar diante ela, desligávamos tudo, e a brincadeira de todo mundo era "rítimo", certo, o rítimo mesmo não existia muito (nossa família nunca teve muita vocação pra música) mas o que a brincadeira tinha de legal mesmo era o momento que todo mundo passava junto.
A ideia era em fazer "uhumhumhumhumhum" no lugar da letra da música enquanto o outro tentava adivinhar - acho que todo mundo já brincou disso.
Isso tudo parece bobo, mas é tão bom se sentir satisfeito com tão pouca coisa, e eu daria tudo o que tenho pra fazer "uhumuhumhummhum" de novo enquanto meu pai tenta adivinhar a música.
Saudade.

Um comentário:

o irmão disse...

Eu também daria, tudo pra fazer huhummmmmhummmmm....e sinto muita saudade!